sexta-feira, 30 de março de 2012

Tema: A substituição das enciclopédias – formato digital e colaborativo.

Esse tema é recente e gera, de fato, muita polêmica.
Leia o texto com atenção e defenda seu ponto de vista com base em argumentos consistentes.


Sugestão: Produza uma Dissertação ou um Artigo de Opinião.


Texto 1
A essência das enciclopédias
Há algo de melancólico na decisão da Encyclopaedia Britannica de pôr um fim a suas edições em papel. É como se o sonho de reunir numa única obra física todo o saber da humanidade tivesse morrido.
OK. Era um sonho tolo e que começou a naufragar ainda antes de o primeiro verbete ser criado. É que o próprio termo "enciclopédia" surge de um erro. Copistas latinos que não dominavam o grego derraparam ao transcrever a expressão "egkýklios paideía" ("educação regular", as artes e ciências que todo grego bem-nascido deveria saber) como "egkuklospaideía". Essa forma bastarda deu à luz a palavra latina "encyclopaedia" e seus filhotes em outras línguas.
A mais antiga enciclopédia conhecida é a de Plínio, o Velho, mas, como o autor morreu subitamente na erupção do Vesúvio de 79 d.C., ela ficou inacabada. O imperador chinês Ming Yung-lo conseguiu, em 1408, terminar a que mandara fazer, mas a obra foi vítima do próprio sucesso. Com mais de 11 mil volumes, era tão grande que poucos se dispuseram a copiá-la. Só 400 tomos sobreviveram.
O grande século das enciclopédias foi o 18. Em 1728, o inglês Ephraim Chambers publicou sua "Cyclopaedia, or Universal Dictionary of Arts and Sciences". Foi um sucesso imediato. Os franceses ficaram com inveja e um editor contatou os filósofos Diderot e d'Alembert para adaptar a obra de Chambers. Eles não seguiram o "script", mas nos deixaram a famosa "Encyclopédie", o monumento ao Iluminismo, com verbetes de Voltaire, Rousseau etc. O troco foi a Britannica, lançada em 1768, e atualizada periodicamente. Entre seus colaboradores estão Ricardo, Marie Curie, Einstein, Koestler, Bill Clinton.
O ocaso da Britannica tem causa: a Wikipedia. Substituímos a cara, lenta, mas precisa, enciclopédia de autores pela gratuita, rápida e, por vezes, traiçoeira enciclopédia colaborativa. Não é que a troca seja irracional, mas precisamos tomar mais cuidado com os erros, que, de todo modo, estão inscritos na essência das enciclopédias.


Texto 2

BOM TRABALHO!

Tema: Cadeia não resolve o problema da corrupção

Meus queridos, aí vai mais um tema.
Para essa proposta, faça a redação que achar melhor - Dissertação; Artigo de Opinião ou Notícia.
Atente-se para as exigências e diferenças entre esses "gêneros".


Se houvesse a 'Copa do Mundo' da ética pública, que premiasse a nação menos corrupta, o Brasil estaria em maus lençóis. Em 2011, o País perdeu quatro posições no Índice de Percepção de Corrupção, desenvolvido pela ONG Transparência Internacional: caiu do 69° para o 73° lugar, entre 182 países pesquisados. Na escala de 0 a 10, levamos nota 3,8, bem abaixo de outros países do continente. O Chile recebeu nota 7,2 e está no 22° lugar, e o Uruguai, com nota 7, tem a 25° posição.

(...)


Leia na íntegra


BOM TRABALHO!

domingo, 25 de março de 2012

"Retrospectiva"



12 meses
Em março de 2011, o tsunami no Japão abalou o mundo, e o cinema perdeu Elizabeth Taylor. Nos EUA, realizava-se o primeiro transplante de rosto da história da medicina, enquanto o presidente Obama mostrava sua face ao nosso povo, na primeira visita ao Brasil. De "cara para o gol", Rogério Ceni, do São Paulo, marcou o seu centésimo, tornando-se o maior goleiro artilheiro de todos os tempos.
Em abril, a agência Fitch elevou a nota do Brasil. Na Europa, a crise não impediu a pompa do casamento do príncipe William e de Kate Middleton, em Londres.
Em maio, Osama bin Laden foi morto por forças norte-americanas no Paquistão, enquanto a sonda Gravity Probe B confirmava a teoria da relatividade, de Albert Einstein. No Brasil, o STF reconheceu a união homossexual estável.
O papa Bento 16 aderiu ao Twitter em junho, enquanto, em nosso país, hackers usavam a internet para atacar sites do governo. O Santos ganhou o tricampeonato da Libertadores da América.
Em julho, a ONU anunciou que 67 milhões de crianças não têm acesso a educação. Em Londres, morria a cantora britânica Amy Winehouse.
Agosto escancarou a ousadia do crime: em Niterói, grupo de extermínio executou a juíza Patrícia Acioli, de São Gonçalo. Os EUA foram rebaixados pelas agências de classificação de risco, mas nossa Bolsa de Valores teve a maior alta desde 2009.
Os dez anos dos atentados contra as torres gêmeas, em Nova York, foram lembrados com tristeza em 11 de setembro. No Brasil, o governo aumentava o IPI de carros importados. Na Primavera Árabe, o ditador Gaddafi foi morto na Líbia. Na primavera da América do Sul, Cristina Kirchner foi reeleita presidente da República Argentina e os brasileiros comemoraram o recorde de medalhas na natação, no Pan de Guadalajara. Morria o gênio Steve Jobs, mas a vida pulsava no anúncio de que o número de habitantes da Terra chegava a sete bilhões.
Novembro começou com a decisão do Banco Central Europeu de reduzir os juros diante do agravamento da crise no velho continente. O ano velho terminou com o Corinthians campeão brasileiro e o triste adeus do seu ídolo Sócrates.
Em janeiro último, o governo Dilma fez seu primeiro aniversário. Entre catástrofes da natureza, como as enchentes no Norte do Brasil, e avanços da humanidade, como a descoberta de droga contra o câncer de útero, o planeta segue o curso inexorável do tempo.
Nos últimos 12 meses, pensei muito sobre isso. Tudo passa! Ficam os ensinamentos, a memória, o exemplo e a saudade dos que nos deixaram, como o vice-presidente José Alencar, meu pai, que se despediu em 29 de março de 2011. Tudo que sei aprendi com ele, exceto os erros que cometi.

segunda-feira, 19 de março de 2012

domingo, 18 de março de 2012

O crime de Lady Gaga

E pra fechar o final de semana, aí vai um último trecho. 

Agora, da Revista Cult.

   É curtinho, mas denso.
   Vale a pena...

O crime de Lady Gaga

Marcia Tiburi analisa o pós-feminismo pop de Lady Gaga





Lady Gaga é o mais recente ídolo pop da cena internacional. Entenda-se por ídolo pop um indivíduo que encanta as massas com a habilidade artística de que é capaz sendo seu autor ou o mero representante de uma estética inventada por publicitários e estrategistas de produtos culturais. Nesse sentido, todo ídolo pop age como o flautista de Hamelin conduzindo por certo efeito de hipnose uma quantidade sempre impressionante de pessoas. Ele é também um guia estético e moral das massas. A propósito, entenda-se por massa um grupo de indivíduos que, ao se encontrar com outros, perde justamente a individualidade, tornando-se sujeito de sua própria dessubjetivação. Em outras palavras, ele é hipnotizado como se estranhamente desejasse sê-lo. A Indústria Cultural depende desse mecanismo, por meio do qual oferece ao indivíduo a oportunidade de se perder com a sensação de que está ganhando. O ídolo pop é a humana mercadoria que permite o gozo pelo logro que o espectador logrado aplica a si mesmo.



"Melhores que ontem piores que amanhã"




A despeito do que podem achar os pessimistas, a violência na sociedade é muito menor do que fora no passado. Uma simples pesquisa histórica pode atestar este fato. 








Queridos alunos, leitores e seguidores...

Estava lendo uma reportagem e, pela relevância da discussão, resolvi compartilhar com vocês.
A doutora Lilian Graziano teceu comentários interessantíssimos a respeito de um livro de Steven Pinker intitulado The Better Angels of our Nature: Why Violence Has Declined.
Nessa obra, de forma resumida, defende-se a ideia de que atualmente vivemos no melhor dos tempos, visto que a sociedade é hoje menos violenta do que fora no passado.
Com tanta violência "por aí" (e suas incontáveis manifestações) - barbáries, guerras veladas ou não, genocídios, etc, etc, etc - fica muito difícil aceitarmos (ou, pelo menos, concordarmos) com a proposta de Pinker.
Selecionei, portanto, alguns trechos do artigo que fora publicado na Revista Psique para refletirmos sobre o "nosso passado" e sobre nossa "evolução" enquanto seres humanos.

Sei muito bem que o tipo de calo que mais dói é aquele que, precisamente, se aloja em nosso próprio pé. Em outras palavras, a violência mais brutal será sempre aquela que vivenciamos. Mas é necessário que, neste caso, examinemos os fatos desprovidos de paixões.
Se, na Idade Média, você perguntasse a um vizinho quantas pessoas ele matou, talvez ele não soubesse dizer. E talvez você nem fizesse tal pergunta, dada à banalidade de seu significado. Nessa época, qualquer grande desacordo era resolvido de maneira brutal.
Mas havia também uma brutalidade mais elegante. Moda na Europa durante os séculos XIII a XVII, os duelos eram utilizados como forma de resolver desavenças pessoais e até mesmo familiares, sendo usados também em casos de dívidas (o que, diga-se de passagem, torna o nosso atual SPC a quinta essência da evolução).
Ao contrário do que se possa imaginar, os duelos eram típicos das classes mais abastadas e eram também praticados (pasmem!) por mulheres.
E o que dizer a respeito do Coliseu? Hoje criticamos a violência da televisão e dos games, esquecendo-nos de que na Roma Antiga a carnificina era real. Nos primórdios da política "pão e circo", cerca de 90.000 pessoas se divertiam, assistindo aos gladiadores lutarem até a morte.
Sangue era o que não faltava no nosso passado histórico. E era consenso a possibilidade de se "lavar a honra" com ele. O curioso, é que o próprio conceito de honra era duvidoso. No Brasil colônia, por exemplo, era permitido ao homem matar sua esposa caso ela viesse a cometer adultério.
Mas vamos trazer esse olhar para um pouco mais perto de nós.
Lembro-me perfeitamente que minha professora da quarta série do antigo primário, dava "cascudos" na cabeça dos meninos que não se comportavam bem. Para os mais novos, devo uma explicação: "cascudos" são pequenos socos, dados com os nós dos dedos. Na época da minha mãe, as crianças, quando em casa, apanhavam com varas de marmelo; quando na escola, de palmatória.
Quando procuramos evidências que comprovem a tese de que atualmente vivemos num mundo menos violento, nem mesmo a Ciência escapa. Em um dos experimentos mais famosos da Psicologia, realizado em 1920, Watson demonstrou o condicionamento respondente, condicionando um bebê de apenas 11 meses a apresentar fobia de ratos brancos (e mais tarde de coelhos, cachorros, bichos de pelúcia, cabelo branco. "Uau! Descobrimos a generalização!!!")
Não sei quanto a vocês. Mas para mim evolução humana é mais do que descendermos dos macacos. É sermos hoje melhores do que fomos ontem e, (às vezes, infelizmente) piores do que seremos amanhã.

Evoluídos ou não??!! Eis a questão.

Charges da semana

Neste vídeo, há uma seleção das charges mais importantes da semana.
As charges nos oferecem informação, crítica e humor com objetividade.

Eu sei que não combina muito com o contexto, mas o som é do Cold Play - "Paradise" (Música Excelente)!!

Aproveitem...